Aquecimento global mata filhotes de leões-marinhos
Animais chegam debilitados na costa da Califórnia, Estados Unidos
por José Eduardo Mendonça, do blog Planeta Urgente - Planeta Sustentável
kjorgen/iStock/Thinkstock
O número de leões-marinhos que encalham na costa da Califórnia é cinco vezes maior que o normal observado de janeiro a abril. Foram mais de 1.500 neste período em 2015. São filhotes com pneumonia, ou com parasitas. Todos estão magros e debilitatos. Fracos demais para se mover quando chegam à praia, são presas fáceis para cães ou são prejudicados por pessoas bem intencionadas que não sabem como ajudá-los.
Em meados de fevereiro, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) anunciou estudar e documentar as variações erráticas no padrão de circulação oceânico chamado “Oscilação Sul El Niño”. No começo de março, sua ocorrência foi declarada praticamente como oficial – e com ela, o aquecimento de temperaturas marinhas e diminuição da produtividade primária e das populações de peixe. O fenômeno seria de baixa intensidade, mas a notícia não é boa para os mamíferos.
Especialistas acreditam que as condições do El Niño seriam responsáveis pela situação. “Tem sido um ano extraordinariamente quente e problemático para a cadeia animal marinha, da Califórnia ao Canadá”, afirmou Nate Mantua, climatologista da NOAA.
“Eles vêm para a praia porque se afogariam se não o fizessem”, disse Shawn Johnson, diretor de ciência veterinária no Centro de Mamíferos Marinhos de Sausalito. “Chegam mesmo à beira da morte”.
Segundo Peter Wallerstein, diretor do departamento de resgate de animais marinhos em Los Angeles, “estamos lidando com um deles por vez, da melhor forma que podemos. Ficamos limitados a três por dia porque o centro de recuperação está lotado. Tivemos de deixar alguns leões-marinhos adultos na praia. É como se ambulâncias não tivessem hospitais para levar pacientes”. As informações são do RT.ani
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